Chuvas da pré-estação não amenizam seca
A média de chuvas verificadas no Ceará, até as 7h de ontem
(32.3mm) ultrapassou em 2% a média esperada para este mês, que é de 31.6mm. Os
dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme),
que faz monitoramento das precipitações e previsão do tempo. Dezembro e janeiro
são meses de pré-estação chuvosa que vai de fevereiro a maio, no Estado. Os
indicadores são parciais e devem ampliar até o fim deste mês, embora as chuvas
sejam poucas e mal distribuídas geograficamente, não significando nada para o
quadro crítico de armazenamento dos açudes do Estado.
As
chuvas, embora poucas e localizadas, animam o sertanejo. Em 2016, dezembro
fechou negativo com 13% abaixo do esperado para o período, e janeiro deste ano
também ficou 30.8% abaixo da média histórica mensal que é de 98.7mm. A Funceme
registrou, entre as 7h de terça-feira e 7h de ontem, chuvas em 18 municípios. A
maior foi em Palmácia (22.6mm).
Previsão
Para
esta quinta-feira, a Funceme prevê possibilidade de chuvas isoladas no Sul e na
faixa litorânea, ao longo do dia. Nas demais áreas, céu parcialmente nublado.
Para amanhã, sexta-feira, nebulosidade variável com possibilidade de chuvas
isoladas para as regiões sul, jaguaribana e litorânea. Nas demais áreas, céu
parcialmente nublado.
O
Ceará enfrenta, desde 2012, um ciclo de chuvas abaixo da média, com queda
permanente no nível dos reservatórios. Neste ano, houve melhoria nas
precipitações verificadas na região Norte (Bacias Hidrográficas do Acaraú,
Coreaú e Litoral), mas, nas demais áreas, a escassez de água perdurou,
reduzindo o nível dos principais açudes do Estado e agravando a crise hídrica.
Reservatórios
Os
açudes no Ceará estão com nível muito reduzido. Em média, acumulam 7,3%. Dos
155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos
(Cogerh), 51 estão no volume morto e 21 permanecem secos. O Castanhão, o maior
do Estado, e responsável pelo abastecimento de mais de 4 milhões de moradores
da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e do Vale do Baixo Jaguaribe está
apenas com 2,7% de sua capacidade.
Em
termos de bacias hidrográficas, a pior situação é a do Sertões de Crateús
(0,26%); seguida do Baixo Jaguaribe (0,96%); Banabuiú (2.32%); e Médio
Jaguaribe (2,51%).
Chuvas da pré-estação não amenizam seca
Reviewed by Fabiano Silva
on
07:34:00
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